A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público de Campo Grande identificou que 40 veículos do Consórcio Guaicurus estavam "encostados" por falta de manutenção durante fiscalização em duas garagens na madrugada desta quinta-feira (5). A situação foi observada nas Viações Campo Grande e Cidade Morena.

Aproximadamente 20 ônibus da Viação Campo Grande estavam sem condições de rodar, cenário semelhante ao encontrado na Viação Cidade Morena. O total de veículos parados nas duas empresas representa quase 10% da frota que o Consórcio Guaicurus afirma ter disponível para operação em Campo Grande, que conta com 460 ônibus, sendo 418 em operação e 42 de reserva técnica.

O vereador Maicon Nogueira (PP), coordenador da vistoria, estimou que o número de veículos sem condições de rodar poderia ser maior, chegando a 15% da frota. Ele atribuiu a situação à insuficiência de equipes de manutenção e à falta de peças. Funcionários relataram que reparos preventivos são feitos durante a madrugada, mas veículos com problemas mais graves permanecem parados.

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Documentação e Contratação de Venezuelanos

A fiscalização também revelou problemas com a documentação dos veículos. Quase todos os 220 ônibus vistoriados apresentavam documentos próximos do vencimento, com a Viação Cidade Morena já tendo sido notificada anteriormente por ônibus circulando com documentação vencida.

Outro ponto constatado foi a contratação de venezuelanos para funções internas e, futuramente, como motoristas. Na Viação Campo Grande, nove venezuelanos teriam ingressado na empresa nesta semana, exercendo funções internas enquanto aguardam a regularização da documentação para dirigir.

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Elevadores e Condições de Trabalho

A CPI não conseguiu verificar a situação dos elevadores para cadeirantes, um dos principais pontos de reclamação recebidos pela comissão. Apesar das denúncias, funcionários afirmaram que a maioria dos elevadores está em funcionamento.

Em relação às condições de trabalho, os funcionários ouvidos durante a vistoria não relataram problemas diretamente à CPI, mas o vereador Maicon Nogueira mencionou ter recebido mensagens anônimas de trabalhadores solicitando melhores condições e salários.