O renomado traficante Fernandinho Beira-Mar, juntamente com outros 22 detentos, foi transferido do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para diferentes unidades penitenciárias federais, incluindo a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Essa movimentação ocorreu em resposta à recente fuga de dois prisioneiros da unidade potiguar.

Segundo fontes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, essa transferência é parte de uma atividade de rotina visando desarticular possíveis articulações de líderes do crime organizado dentro das prisões de segurança máxima. O Brasil possui cinco presídios federais, incluindo as unidades em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e a já mencionada Mossoró (RN).

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) destacou a importância do rodízio periódico de detentos para o bom funcionamento do Sistema Penitenciário Federal, afirmando que tal medida dificulta vínculos e enfraquece as organizações criminosas.

A transferência de Fernandinho Beira-Mar ocorre em meio a uma operação intensa de busca pelos dois presos que escaparam da penitenciária de Mossoró em uma fuga inédita. Desde então, os fugitivos, identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, têm sido avistados em diversas ocasiões, levando as autoridades a uma caçada que envolve mais de 600 agentes.

Especialistas em segurança pública apontam falhas estratégicas e uma resposta lenta das autoridades, dificultando a captura dos fugitivos. Segundo eles, a demora em perceber a fuga e as possíveis conexões criminosas dos detentos são fatores que contribuem para a complexidade da operação. Além disso, há suspeitas de conivência de pessoas de dentro do sistema prisional, evidenciando a necessidade de uma análise minuciosa do ocorrido.