Fernandinho Beira-Mar, destacado como líder do Comando Vermelho no Brasil, foi alvo de uma operação de transferência na última quinta-feira (11), culminando em sua saída do Presídio Federal de Campo Grande, onde estava detido desde 2019. Esta marca a segunda passagem de Beira-Mar por essa unidade, tendo ele sido anteriormente preso no mesmo local entre 2007 e 2010. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o destino para o qual Fernandinho Beira-Mar foi transferido.

O advogado de defesa de Beira-Mar, Luiz Gustavo Battaglin Maciel, esclareceu que o destino do detento é determinado pelo Ministério da Justiça e mantido em absoluto sigilo. "Tal procedimento ocorre a critério do Ministério da Justiça e em sigilo absoluto. Familiares e advogados ficam sabendo somente dias depois via de regra", informou.

Outro nome notável entre os transferidos é o de Marcinho VP, também reconhecido como líder da facção Comando Vermelho. Há indicações preliminares de que ele poderia ser transferido para Campo Grande, mas não foi confirmado.

A operação, batizada de Próta, mobilizou quase 100 policiais penais federais e ocorreu em pelo menos três presídios. Os transferidos são membros da organização criminosa carioca. Segundo a Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), o rodízio de presos é uma medida de rotina adotada pela Polícia Penal Federal para garantir a segurança das unidades prisionais.

Ainda conforme a Senappen, esses presos são considerados de alta periculosidade, sendo líderes de organizações criminosas. A operação Próta é a primeira do tipo realizada em 2024. No ano anterior, ocorreram 364 operações, envolvendo inclusões, devoluções, transferências e apresentações de presos em júri. O nome da operação faz referência a Luis Fernando da Costa, o primeiro preso custodiado no Sistema Penitenciário Federal, sendo que em grego, o termo significa "primeiro".

Com informações do Midiamax