Família pede indenização pela morte de Idoso esquartejado
- porRedação
- 07 de Março / 2024
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| Créditos: Divulgação/PCMS
A família de Antônio Ricardo Cantarin, de 64 anos, que foi vítima de envenenamento e esquartejamento por parte de sua esposa, Aparecida Graciano de Souza, está buscando justiça através de uma indenização no valor de R$ 372 mil. O trágico incidente ocorreu em Selvíria, distante 399 quilômetros de Campo Grande, e desde maio de 2023, a acusada encontra-se detida na penitenciária feminina de Três Lagoas.
Os familiares alegam que Aparecida vinha tentando transferir os bens que Antônio possuía antes do casamento para seu nome pelo menos um ano antes do crime, o que, segundo eles, sugere um planejamento prévio da tragédia.
Segundo o advogado representante da família, testemunhas afirmaram ter presenciado os maus-tratos infligidos a Antônio. "As testemunhas arroladas pela denúncia foram unânimes em relatar os maus-tratos constantes perpetrados pela ré contra a vítima, bem como sua frieza após cometer o homicídio, esquartejar o marido e manter partes do corpo na geladeira por dias", declarou.
O pedido de indenização foi protocolado no final de janeiro deste ano, porém ainda aguarda resposta das autoridades competentes.
A espera angustiante de oito horas até a morte do idoso
No momento da prisão, Aparecida admitiu ter administrado veneno de rato ao marido por volta das 10 horas da manhã do dia 22 daquele mês fatídico, com Antônio vindo a óbito por volta das 18 horas do mesmo dia.
Durante esse período, Antônio agonizou na cama do quarto por pelo menos oito horas. A acusada relatou em seu depoimento que, após administrar o veneno, ia verificar o estado de saúde do marido a cada dez minutos, até constatar sua morte, evidenciada pelo olhar vidrado nos olhos do idoso.
Após a constatação do óbito, Aparecida cobriu o corpo com um lençol e retirou-se para dormir em outro cômodo da residência. Somente no dia seguinte, diante da preocupação sobre como proceder com o cadáver, decidiu esquartejar a vítima.
Experiência em práticas macabras
Em depoimento, Aparecida detalhou a dificuldade em acomodar o tronco de Antônio em uma mala, devido ao tamanho e à resistência dos ossos do pescoço. Ela admitiu ter conhecimento sobre desmembramento de corpos, alegando experiência anterior em abater porcos.
Posteriormente, desmembrou as pernas, os braços e a cabeça, acondicionando-os em sacos pretos dentro de um freezer em sua residência. O medo de que o desaparecimento de Antônio fosse percebido e o corpo começasse a exalar odor levou-a a se livrar das partes do cadáver.
Dada a pesada carga da mala contendo o tronco, Aparecida solicitou ajuda a dois vizinhos para transportá-la até o carro. Embora tenham questionado o peso e o odor desagradável, ela atribuiu o conteúdo da mala a retalhos de pano e possíveis roedores mortos na casa.
Após abandonar a mala à beira da rodovia rumo a Três Lagoas, ela retornou para casa. No dia seguinte, devido a problemas mecânicos no veículo, não conseguiu se desfazer das outras partes do corpo imediatamente, mas eventualmente conseguiu descartá-las no mesmo local.
Para justificar a ausência de Antônio, Aparecida informou aos vizinhos que ele havia sido levado por parentes para tratamento em São José do Rio Preto, São Paulo, quando questionada sobre o desaparecimento do marido.