O ex-diretor-presidente da Funtrab (Fundação Estadual do Trabalho), Wilton Melo Acosta, responde a ação de improbidade administrativa por suposto uso de recursos da Crediquali para fins pessoais. Segundo o Ministério Público Estadual, parte dos valores foi utilizada na realização de um fórum evangélico, e o ressarcimento de R$ 215.859,49 é cobrado.

A denúncia também envolve outros três réus: Lucas Rael Alves Acosta, filho de Wilton; Rosinildo Aparecido de Oliveira; e Arlei Melo Acosta Coleone. Eles são acusados de apropriação indevida de bens e valores pertencentes à Crediquali, vinculada à Fundação de Trabalho.

Conforme a investigação, entre 2017 e 2018, Wilton teria utilizado um veículo da instituição para fins particulares e desviado R$ 9.032,30 para o evento religioso. Lucas Rael também é acusado de desviar R$ 5.789 para compra de um carro e usar imóvel alugado pela Crediquali para negócios próprios.

O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos de Campo Grande, definiu a tipificação dos atos de improbidade e aguarda manifestação das partes. Além do ressarcimento, o MPE pede multa civil, suspensão dos direitos políticos e indenização por danos morais coletivos de R$ 196.235,90.

As defesas negam os desvios e sustentam que a Crediquali não se enquadra na Lei de Improbidade Administrativa, por não ter sido formada com recursos públicos patrimoniais.