O ex-policial militar Adair José Belo, 52, considerado braço direito do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, assassinado em 2016, está foragido da justiça de Mato Grosso do Sul. Belo, que cumpria pena em regime semiaberto no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande, rompeu a tornozeleira eletrônica no dia 1º de novembro e não foi mais localizado.

Condenado a 12 anos de reclusão por tráfico, Belo havia sido autorizado pela Justiça a cumprir prisão domiciliar por 90 dias para realizar uma cirurgia na coluna cervical. A autorização, concedida em setembro pelo juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, permitia que Belo permanecesse em casa para tratamento de saúde, mediante monitoramento eletrônico.

A fuga foi comunicada ao Poder Judiciário no dia 5 de novembro pela Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual, que relatou tentativas frustradas de contato com o monitorado e a impossibilidade de recuperar o equipamento eletrônico durante fiscalização.

Histórico criminal:

Adair José Belo possui um extenso histórico criminal. Preso pela Polícia Federal em 2019, ele era investigado por ligação com a organização criminosa de Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o "Minotauro". Antes disso, atuou como segurança e braço direito de Jorge Rafaat Toumani, executado em 2016.

Em 2017, Belo foi descoberto em Rondônia após atirar na cabeça do próprio tio durante uma briga. Na ocasião, o filho da vítima o denunciou à polícia, revelando sua verdadeira identidade e informando sobre seu envolvimento com o tráfico internacional de drogas.

Ex-soldado da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Belo desertou em 1994 após executar um sargento da corporação a mando de traficantes. Preso e condenado, tornou-se informante da polícia, mas após cumprir pena, retornou ao crime.

Com a fuga, as autoridades policiais iniciaram buscas para recapturar Adair José Belo e garantir seu retorno ao sistema prisional.