Três meses após o rompimento da barragem no condomínio Nasa Park, em Jaraguari, vítimas seguem sem receber indenizações e enfrentam dificuldades financeiras e de saúde. A tragédia, que completou três meses no dia 20 de novembro, deixou moradores sem casas, criações de animais e fonte de renda.

Luzia Ramos, de 60 anos, relata que, apesar de duas reuniões com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), nenhuma solução concreta foi apresentada. "Aqui a gente não conseguiu nada, só reunião, falatório", desabafa. Uma nova reunião está agendada para o dia 11 de dezembro.

A moradora afirma que teve o nome negativado e perdeu seus cartões de crédito por não conseguir arcar com as contas. Além disso, Luzia teve que interromper um tratamento de saúde, que custa cerca de R$ 4 mil, devido às dificuldades financeiras. "Preciso voltar para o meu tratamento, porque eu estou passando muito mal", afirma.

No dia 25 de novembro, o Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor/MS) realizou uma sessão de mediação entre os proprietários do Nasa Park e as vítimas, com o objetivo de buscar um acordo para a recuperação ambiental e o suporte aos atingidos.

A reportagem entrou em contato com os responsáveis pelo Nasa Park e com o MPMS para obter informações sobre o andamento das negociações, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.