O ex-diretor da Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), Eder Ney Rodrigues Caxias, condenado por desviar R$ 451.823,89, recorreu da decisão alegando falha na denúncia do Ministério Público de MS (MPMS). No entanto, o promotor responsável pelo caso, Adriano Lobo Viana de Resende, rebateu os questionamentos e pediu a manutenção da condenação.

De acordo com os autos, o ex-diretor oferecia a produtores que assumiam boxes na Ceasa a possibilidade de ligarem a energia elétrica diretamente na rede do local, mediante o pagamento de uma taxa mensal. Com isso, a Ceasa arcava com os custos da energia, enquanto Eder ficava com a taxa para ele, segundo o MPMS.

O advogado de defesa, José Trad, alega que não ficou comprovado no processo que os permissionários estavam ligados à rede da Ceasa e não da Energisa. Por outro lado, o promotor do MPMS afirma que o recurso é apenas uma insatisfação com o resultado da ação, e que o juiz analisou todas as provas e depoimentos, incluindo o de uma funcionária da Energisa que confirmou as ligações irregulares na rede da Ceasa.

O promotor ressalta que a Energisa é a responsável pelo fornecimento e manutenção da energia elétrica no estado, e que as irregularidades foram confirmadas por uma equipe técnica especializada em furto de energia.

O recurso será analisado pela Justiça, que poderá manter ou reformar a sentença.