O comércio ilegal de armas de fogo em Mato Grosso do Sul, impulsionado por rifas online, desafia a fiscalização da Polícia Federal (PF), que assumiu o controle do registro de armamentos em 2023. Um esquema sediado em Campo Grande promove sorteios de armas, incluindo modelos de grosso calibre e uso restrito, através de grupos de WhatsApp ligados a um clube de caça.

Rifas Milionárias no WhatsApp:

Em 2023, pelo menos 13 rifas ilegais foram realizadas na capital, oferecendo pistolas como a Glock .380 e espingardas de diversos calibres, com bilhetes vendidos a preços populares. A polícia investiga a origem das armas, suspeitando que sejam adquiridas ilegalmente no Brasil ou contrabandeadas do Paraguai e Bolívia.

Crimes e Penas:

A legislação brasileira proíbe a venda de armas sem autorização da PF, com penas que variam de 6 a 12 anos de prisão, além de multa. Rifas de armas de fogo também são expressamente proibidas por decreto federal.

Casos Anteriores:

O esquema de rifas de armas em Mato Grosso do Sul não é novidade. No início da década, o atual deputado federal Marcos Pollon, presidente do grupo ProArmas, foi acusado de promover sorteios de armamentos pela internet. Em 2023, o Batalhão de Choque da Polícia Militar também foi flagrado rifando uma espingarda calibre 12 para arrecadar fundos para um policial doente.

Investigação em Andamento:

A Polícia Federal já identificou os responsáveis pelo esquema e investiga a fundo a organização criminosa. A expectativa é que novas prisões e apreensões aconteçam em breve.

Fonte: Correio do Estado