Energisa MS fica entre as piores no ranking de qualidade e paga R$ 18,5 milhões em compensações por falhas no serviço

Fatura da Energisa | Créditos: AGEMS


A Energisa MS precisou compensar R$ 18,5 milhões a 242,2 mil consumidores em 2024 por descumprimento dos parâmetros de continuidade no fornecimento de energia elétrica. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que divulgou neste mês o ranking anual do Desempenho Global de Continuidade (DGC). A concessionária, que atende 74 municípios sul-mato-grossenses, ficou na 15ª posição entre 31 distribuidoras de grande porte avaliadas.

As compensações, que equivalem a 3% do lucro líquido da empresa no período (R$ 603,5 milhões), foram direcionadas principalmente a clientes residenciais urbanos e rurais. A Aneel explicou que o aumento nas compensações reflete o aperfeiçoamento das regras regulatórias, com foco em consumidores mais afetados por interrupções.

Apesar da colocação da Energisa MS, os indicadores de qualidade melhoraram no cenário nacional. O tempo médio sem energia por unidade consumidora caiu 1,7%, de 10,42 horas em 2023 para 10,24 horas em 2024. A frequência das interrupções também teve leve queda, de 5,15 para 4,89 ocorrências por consumidor.

A CPFL Santa Cruz (SP) liderou o ranking de desempenho, seguida pelas unidades da Energisa na Paraíba e em Rondônia. O maior avanço foi da Neoenergia Brasília (DF), que subiu nove posições. Já as maiores quedas foram registradas pelas distribuidoras Enel RJ, Enel CE e RGE (RS), com recuo de seis posições.

O levantamento avaliou distribuidoras com mais de 400 mil clientes, com base na comparação entre os indicadores DEC e FEC e os limites estabelecidos pela Aneel. O ranking é publicado anualmente desde 2012.

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