O empresário Daniel Chramosta, dono do frigorífico Buriti, teve seu pedido para adiar a apresentação de defesa na ação penal da Operação Vostok negado pela Justiça. O juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, determinou que a defesa se manifeste em até 15 dias, sob pena de comunicação de abandono processual à Ordem dos Advogados do Brasil.

Chramosta pretendia apresentar sua defesa somente após a conclusão de todas as diligências e oitiva dos delatores Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. No entanto, os irmãos Batista foram excluídos da ação, que investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e outros acusados.

O MPF (Ministério Público Federal) denunciou Azambuja por supostamente ter recebido R$ 67,7 milhões em propina e causado prejuízo de R$ 209,7 milhões aos cofres públicos. A Operação Vostok, deflagrada em 2018, apura a concessão de incentivos fiscais a empresas do setor frigorífico em troca de propina.

Após o juiz analisar as defesas apresentadas, o Ministério Público terá 30 dias para se manifestar sobre o caso.