Empresa acusada de fraudes em licitações tem contratos milionários com a Agesul
- porRedação
- 21 de Abril / 2024
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Duas empresas mencionadas na última fase da Operação Tromper, movida em 17 de abril, mantêm contratos substanciais com a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), enquanto enfrentam acusações relacionadas a esquemas de fraude em licitações. Os proprietários das empresas estão implicados em alegações de manipulação de processos licitatórios, direcionados para desvio de recursos públicos em Sidrolândia.
Baseadas em Campo Grande, as empresas em questão são a CGS Construtora e Serviços Eireli (CNPJ 25.217.122/0001-65) e a AR Pavimentação e Sinalização Eireli (CNPJ 28.660.716/0001-34), que opera em conjunto com a GC Obras de Pavimentação Asfáltica (CNPJ 16.907.526/0001-90).
Durante a Operação Tromper, os empresários Edmilson Rosa e Cleiton Nonato, ambos posteriormente denunciados e identificados como proprietários da AR e GC, foram detidos em flagrante, encontrados na posse de armas de fogo, embora tenham sido posteriormente liberados sob fiança.
A proprietária da CGS, Fernanda Regina Saltareli, também está entre os denunciados. As empresas mantêm contratos vultosos com a Agesul, ao mesmo tempo em que estão sob suspeita de terem firmado contratos questionáveis com a Prefeitura de Sidrolândia.
Através da Agesul, a CGS detém contratos em Juti, Glória de Dourados e Vicentina, abarcando obras de pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais, totalizando o montante de R$ 12.907.487,94. O contrato mais significativo é o de Juti, avaliado em R$ 9.311.050,80. Por sua vez, a AR Pavimentação possui contratos no valor de R$ 50.737.379,10 com a Agesul, para trabalhos de pavimentação em diversas localidades, incluindo Rio Negro, Campo Grande, São Gabriel do Oeste, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo e Rio Brilhante, sendo o contrato mais substancial firmado em Rio Brilhante, no valor de R$ 15.493.363,34.
Em Campo Grande, um contrato foi estabelecido para a execução de bases de arenas em diversas áreas da cidade.
A denúncia apresentada no âmbito da Operação Tromper sugere que o grupo de empreiteiras começou suas atividades com as licitações em Sidrolândia, onde a AR Pavimentação conquistou dois contratos no mesmo dia, em junho de 2022.
De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Edmilson Rosa, proprietário da AR Pavimentação, é visto como o "articulador da rede de contatos políticos, com amplo acesso a agentes para facilitar as contratações do grupo de empreiteiras". Enquanto isso, Cleiton Nonato é acusado de ter atuado como "laranja", emprestando seu nome para a abertura da Empresa GC Obras de Pavimentação Asfáltica, situada no mesmo endereço da empresa AR Pavimentação.
Com informações do Midiamax