Em volta ao Congresso, Marina é atacada e diz que se sente ‘terrivelmente agredida’


Pela segunda vez , Marina Silva foi alvo de machismo ao participar de uma sessão no Congresso Nacional. Na aparição anterior, a ministra do Meio Ambiente abandonou a sessão em uma comissão do Senado após ataques.

Marina esteve diante da bancada ruralista hoje. Ela foi convocada pela Comissão de Agricultura da Câmara para dar explicações sobre questões ambientais. A convocação é de obrigatório comparecimento.

A sessão foi menos conturbada do que a no Senado, mas nem por isso a paz imperou o tempo todo. A ministra defendia sua gestão de forma veemente quando o deputado Cabo Gilberto (PL-PB) pediu calma. Ela ficou contrariada.

Marina reclamou de machismo. Afirmou que, quando um homem levanta a voz, é considerada uma forma incisiva na defesa de suas ideias. Já as mulheres são cerceadas ao adotarem a mesma atitude. Em outro momento, ela declarou que se sentia "terrivelmente agredida".

Um deputado não identificado da oposição falou que a ministra fazia "show". A ministra negou e argumentou que defendia uma causa. Ao mesmo tempo, as deputadas Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Chris Tonietto (PL-RJ) começaram a discutir com os microfones desligados.

O comportamento de ambas demonstra como o embate das tropas de choque pioraram o ambiente na comissão. Ruralistas e governistas interrompiam e ironizavam declarações do campo adversário sempre que possível. As interrupções levavam a discussões paralelas.

Ainda assim, na maior parte do tempo o ambiente não foi tão agressivo como em sessões com outros ministros. Parlamentares de cada campo fizeram a defesa de seus pontos de vista e tentaram "lacrar" com adversários para ter cortes que alimentassem as redes sociais.

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