Em MS, apenas 41% das crianças frequentam a creche regularmente, enquanto 38% não
- porRedação
- 08 de Abril / 2024
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| Créditos: Google Street View
No estado de Mato Grosso do Sul, a frequência regular à creche enfrenta obstáculos significativos, revela pesquisa divulgada nesta segunda-feira (8) pela organização Todos Pela Educação, baseada em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). O estudo aponta que mais de 30 mil crianças, o equivalente a 18% do total, estão fora das creches devido a dificuldades de acesso.
Entre as principais razões para essa ausência, destacam-se a falta de vagas, a localização distante das instituições, além da recusa por parte das escolas devido à idade dos alunos. Adicionalmente, 38% das crianças não frequentam a creche por decisão dos pais ou responsáveis, enquanto outras 4% estão fora do sistema por motivos diversos, incluindo questões de qualidade, segurança e questões financeiras.
Embora a matrícula em creches não seja obrigatória, o acesso a essas instituições é um direito garantido tanto pela Constituição Federal quanto pelo Marco Legal da Primeira Infância. No entanto, em Mato Grosso do Sul, apenas 41% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas regularmente em creches, representando mais de 70 mil crianças.
Este número coloca Mato Grosso do Sul como o estado do Centro-Oeste com o maior índice de matrículas em creches. No cenário nacional, porém, o estado ainda está abaixo da média, que é de 20% de crianças de até 3 anos fora das creches devido a dificuldades de acesso.
A disparidade regional também é evidente, com os maiores percentuais de crianças sem acesso à creche concentrados no Norte e no Nordeste do país. Acre, Roraima, Pará e Piauí lideram os índices, destacando a necessidade de medidas mais abrangentes para melhorar o acesso à educação infantil em todo o país.
Esses desafios contrastam com as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que buscava alcançar uma cobertura de pelo menos 50% das crianças de até 3 anos em creches até 2024. Para enfrentar essa questão, o governo federal lançou o Pacto Nacional pela Continuação das Obras da Educação Básica, visando concluir mais de 3,5 mil projetos de infraestrutura em escolas em todo o país até 2026, com um investimento de quase R$ 4 bilhões.