Durante depoimento ao Tribunal do Júri, réus admitem intenção de assassinato interno do IPCG

| Créditos: Alicce Rodrigues/Midiamax

Os réus Talisson da Silva Nascimento, de 25 anos, e Vandelson Britez Machado, 24 anos, que enfrentam acusações pelo assassinato de Carlos Quevedo da Silva, de 31 anos, no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), declararam perante o Tribunal do Júri sua intenção de "matar de qualquer jeito". Os três estavam detidos na mesma instituição e já haviam tido conflitos anteriores.

Inicialmente tratado como um possível suicídio, o caso de Carlos foi posteriormente esclarecido quando os acusados admitiram tê-lo assassinado por meio de estrangulamento. Vandelson afirmou: "Falei para meu primo que íamos praticar o homicídio de qualquer jeito, a gente só estava esperando o confere". O termo "confere" refere-se à rotina de verificações realizada pelos agentes penitenciários nas celas, geralmente realizada à tarde e de manhã cedo. O corpo de Carlos foi descoberto durante o confere matinal.

Ambos os réus alegaram ter tido confrontos anteriores com a vítima, embora suas versões apresentem contradições. Talisson, o primeiro a prestar depoimento, afirmou que Carlos o agrediu e roubou seu celular dias antes do incidente. Além disso, alegou que Carlos tentou extorquir dinheiro da família dele por telefone anos antes.

Por outro lado, Vandelson negou qualquer conflito anterior com Carlos fora do presídio, contradizendo o relato de seu primo. "Eu estava no Pavilhão Solar e houve uma desavença por causa de um celular, porque lá dentro a gente compra celular. Eu estava com dois, mas me mandaram para a 'cela forte'. Quando eu voltei, o Carlos e o 'Tião' implicaram porque eu estava com celular e me agrediram", explicou Vandelson.

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