Dólar sobe ante o real após novas ameaças tarifárias de Trump

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O dólar subiu ante o real nesta sexta-feira, recuperando perdas acumuladas no período da manhã após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizar novas ameaças tarifárias, o que gerou aversão ao risco nos mercados globais.

O dólar à vista fechou em alta de 0,48%, a R$5,79268. Na semana, a moeda ainda acumulou queda de 0,73%.

Às 17h16, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,53%, a 5,817 reais na venda.

Falando na Casa Branca, Trump afirmou nesta sexta-feira que anunciará tarifas recíprocas sobre muitos países na próxima semana, um plano antecipado mais cedo pela Reuters em reportagem exclusiva. O anúncio, caso concretizado, confirmaria sua promessa de campanha de impor tarifas recíprocas sobre as importações norte-americanas iguais às taxas que os parceiros comerciais impõem às exportações do país.

Minutos depois da publicação da matéria da Reuters, o dólar avançou amplamente nos mercados globais, já devolvendo todas as perdas que tinha acumulado no Brasil durante a sessão. Após a declaração de Trump, os ganhos da divisa dos EUA se acentuaram ainda mais.

A avaliação é que as tarifas de importação têm potencial inflacionário, o que forçaria o Federal Reserve a manter a taxa de juros elevada, um cenário que, em tese, favorece o dólar ao elevar os rendimentos dos Treasuries.

O rendimento do Treasury de dois anos -- que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- tinha alta de 7 pontos-base, a 4,279%.

As promessas tarifárias já vinham sendo o principal assunto da semana nos mercados, após o presidente dos EUA impor taxas de 25% sobre México e Canadá e de 10% sobre a China.

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