Disputa de facções pelo controle do tráfico intensifica-se em Mato Grosso do Sul

| Créditos: Reprodução/Cel Vargas

Especialistas em segurança advertem sobre a crescente tensão entre as facções criminosas brasileiras, PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), em Mato Grosso do Sul, à medida que disputam o controle da região estratégica para o narcotráfico.

O estado, caracterizado por sua extensa fronteira com Paraguai e Bolívia, tem se tornado um corredor privilegiado para o transporte de cocaína, maconha e drogas sintéticas, tornando-se alvo primordial para traficantes e contrabandistas.

A falta de eficácia no policiamento ostensivo, marcada por casos de corrupção e deficiência em estratégias de inteligência, amplia os riscos de uma escalada da violência entre as facções, que até então evitaram confrontos diretos em outros territórios disputados.

O PCC, originado em São Paulo, consolidou sua presença em Mato Grosso do Sul, enquanto o CV, com raízes no Rio de Janeiro, mantém interesses na região, como demonstrado pela recente tentativa de estabelecer uma base no estado vizinho, Mato Grosso.

Nos últimos meses, Sonora tem sido palco de confrontos, resultando em diversas mortes ligadas às disputas entre as facções. Além disso, assassinatos relacionados à batalha pelo controle de pontos de venda de drogas, como em Campo Grande, têm se intensificado, evidenciando a crescente tensão entre os grupos criminosos.

Em uma recente operação policial, membros do PCC foram detidos em Campo Grande, revelando planos de ataques contra rivais do CV que tentavam expandir sua influência na região.

O embate entre as facções representa não apenas uma disputa territorial, mas também uma luta pelo poder econômico, como apontam as autoridades. A vinda de membros do CV de outros estados para Mato Grosso do Sul ressalta a importância estratégica da região para o tráfico de drogas.

A história do PCC no estado remonta à década de 90, quando líderes da facção foram transferidos para lá, impulsionando sua expansão para outros estados brasileiros. Desde então, a organização se fortaleceu e modernizou, estabelecendo sua hegemonia no tráfico de drogas na região.

Apesar das ações policiais recentes, especialistas alertam que a violência entre as facções é sazonal e provavelmente ressurgirá em algum momento, evidenciando a persistência do conflito pelo controle do narcotráfico em Mato Grosso do Sul.

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