Desembargadores investigados na Operação Ultima Ratio ainda não instalaram tornozeleiras eletrônicas
- porRedação
- 04 de Novembro / 2024
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Campo Grande (MS) – Mais de dez dias após a deflagração da Operação Ultima Ratio, que investiga um esquema de venda de sentenças no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, os investigados ainda não se apresentaram para instalar as tornozeleiras eletrônicas, conforme determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A informação foi confirmada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
Entre os investigados que deveriam utilizar o equipamento de monitoramento estão os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) Sérgio Fernandes Martins (presidente), Marcos José de Brito Rodrigues, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu.
A lista de investigados inclui ainda os ex-desembargadores Divoncir Schreiner Maran e Júlio Roberto Siqueira; o juiz de primeira instância Paulo Afonso de Oliveira; e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Osmar Domingues Jeronymo.
Além da tornozeleira eletrônica, o STJ determinou o afastamento dos investigados de suas funções por 180 dias, a contar de 24 de outubro, data da deflagração da operação. Eles também estão proibidos de acessar as dependências dos órgãos públicos onde trabalhavam e de manter contato com os demais investigados.
A Operação Ultima Ratio apura possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas. Ao todo, foram afastados pelo STJ cinco desembargadores, um juiz de primeira instância, um procurador do Ministério Público Estadual (MPE) e um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Fonte: Correio do Estado