Desembargador afastado do TJMS é suspeito de liberar R$ 5,5 milhões com base em notas promissórias falsas
- porRedação
- 14 de Novembro / 2024
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Operação Ultima Ratio, que investiga venda de sentenças, encontrou R$ 2,7 milhões na casa do desembargador aposentado do TJMS, Júlio Roberto Siqueira Cardoso | Créditos: Foto: PF/Divulgação
Júlio Roberto Siqueira Cardoso, afastado do TJMS, é investigado pela PF por suspeita de liberar R$ 5,5 milhões em notas promissórias falsas, em possível conluio com o juiz Paulo Afonso de Oliveira. O caso envolve uma ação de 2016 na qual o juiz de primeira instância julgou procedente o pedido de pagamento de R$ 10,2 milhões, mesmo com alegações de falsificação.
Cardoso, apesar de ter inicialmente suspendido o pagamento, revogou a própria decisão, permitindo a execução da dívida. A PF aponta essa mudança de postura como indício de venda de sentença. Após a liberação do pagamento e a expedição de ofício da Polícia Civil informando a falsidade dos documentos, a advogada Emmanuelle Alves Ferreira da Silva sacou R$ 5,5 milhões. Ela foi presa posteriormente, mas teria devolvido apenas R$ 2 milhões.
A investigação também aponta para a ligação entre Emmanuelle e o advogado Fábio Castro Leandro, suspeito de intermediar a venda de decisões. Ambos os magistrados tiveram suas residências alvo de busca e apreensão e negam as acusações.