Deputados novatos de Mato Grosso do Sul gastam R$ 3,6 Milhões em verba parlamentar

Rafael Tavares (PRTB) Camila Jara (PT) e Pedro Pedrossian Neto (PSD) | Créditos: Divulgação/ALMS e Câmara dos Deputados

No período compreendido entre fevereiro e dezembro do ano passado, parlamentares estreantes do estado de Mato Grosso do Sul direcionaram uma soma total de R$ 3,6 milhões provenientes da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap). Esses recursos foram empregados para custear despesas regulares associadas ao exercício do mandato, incluindo serviços de consultoria e divulgação.

O grupo em questão é composto por cinco deputados estaduais, atuantes nas sessões da Assembleia Legislativa em Campo Grande, que também realizam visitas a municípios sul-mato-grossenses, além de três deputados federais. Estes últimos, além de suas atividades no estado, têm obrigações na Câmara dos Deputados, em Brasília.

É importante ressaltar que esse montante não abarca a agitação dos parlamentares, definida em R$ 31,2 mil para deputados estaduais e R$ 41,6 mil para deputados federais.

Uma investigação realizada pelo portal MS em Brasília analisou os dispêndios apenas dos novos parlamentares, destacando-se, com gastos de R$ 505,9 mil ao longo do ano, o deputado estadual Rafael Tavares (PRTB). Ele superou por uma pequena margem a despesa da deputada federal Camila Jara (PT), que utilizou R$ 495 mil.

Tavares justificou a maior parte de seus gastos, alegando que 80% do montante foi direcionado a despesas com assessoria jurídica, reafirmando seu compromisso como representante político de direita. Ele afirmou ao Campo Grande News: "Além dos diversos processos judiciais movidos por política de esquerda, realizamos uma intensa atividade de fiscalização, apresentamos mais de 30 projetos de lei e liderança conforme previsto na Casa. Farei uso de todos os recursos disponíveis para entregar resultados à população e combater ideologias opostas."

Em terceiro lugar, o deputado Pedrossian Neto (PSD) teve um gasto de R$ 482,8 mil, seguido pelo deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), que despendeu R$ 473,1 mil.

O deputado estadual João César Mattogrosso (PSDB) ficou em quarto lugar, com despesas de R$ 470,4 mil. Ao ser questionado, comentou: "Não tenho nada a declarar, exceto a análise da produtividade do meu mandato; quem mais nos atacou na Câmara hoje é campeão em gastos, mas se houver efetividade...". Esta fala faz referência a Tavares, o parlamentar que mais utilizou verbalmente durante o ano e que não economizou críticas à gestão do governador Eduardo Riedel, também do PSDB.

Entre os que menos usaram a palavra, está a deputada estadual Maria Imaculada Nogueira, conhecida como “Lia Nogueira” (PSDB), com gastos de R$ 465,6 mil; o deputado federal Marcos Pollon (PL), que consumiu R$ 387,3 mil; e a deputada estadual Gleice Jane (PT), com despesas de R$ 359,4 mil.

É relevante ressaltar que Gleice assumiu seu mandato em 11 de abril de 2023, ocupando a vaga deixada pelo falecimento do deputado Amarildo Cruz, em 17 de março.

Com informações do Campo Grande News

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