Deputados estaduais manifestam repúdio à inclusão do livro “O Avesso da Pele” nas bibliotecas da Rede Estadual de Ensino

Professor Rinaldo Modesto | Créditos: Luciana Nassar

Na sessão ordinária desta terça-feira (5), uma contundente crítica ecoou pelo plenário da Assembleia Legislativa do estado, à medida que os deputados estaduais convergiram para repudiar a distribuição do livro “O Avesso da Pele”, obra do escritor Jeferson Tenório, nas bibliotecas das escolas da rede estadual de ensino. A iniciativa, levada à tribuna pelo deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos), encontrou eco em diversos parlamentares presentes.

"Não me estenderei sobre os trechos deste livro, dada sua natureza inapropriada. Tenho recebido uma enxurrada de mensagens de cidadãos indignados com a presença desta obra nas bibliotecas. Não podemos permitir que nossos estudantes tenham acesso a um conteúdo de linguagem pornográfica. Isso não se trata de discriminação, mas sim de zelar pelos valores morais e éticos que sustentam nossa sociedade. Não importa qual partido ou governo autorizou sua inclusão, simplesmente não podemos tolerar sua distribuição", expressou Rinaldo.

A obra em questão faz parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), sob égide do Ministério da Educação (MEC). Lia Nogueira (PSDB) expressou estar profundamente chocada com a linguagem adotada no livro destinado aos estudantes do Ensino Médio. "Este livro é repugnante. Não se trata de educação sexual, mas sim de uma abordagem banalizada do sexo. Não estamos discutindo questões políticas ou ideológicas aqui, mas sim o respeito dentro da sociedade".

Caravina (PSDB) trouxe à tona a confirmação da Secretaria de Estado de Educação sobre a distribuição da obra. "Inicialmente, pensei que fosse mera especulação, mas a disponibilidade do livro nas bibliotecas foi confirmada. Defendo veementemente que todos os exemplares sejam recolhidos, pois é inaceitável que os alunos tenham acesso a um material de qualidade tão duvidosa", enfatizou.

Pedro Kemp (PT) destacou que o livro foi aprovado em 2022 por uma comissão nacional encarregada de analisar obras literárias destinadas aos professores. Gleice Jane (PT) adicionou que o tema exige uma discussão cuidadosa para evitar uma desvalorização da literatura.

Mara Caseiro (PSDB) também manifestou seu repúdio à distribuição do livro nas bibliotecas escolares. "Aqueles que desejarem ler esta obra podem adquiri-la em qualquer livraria, porém, não podemos tolerar sua inclusão nas escolas. A linguagem vulgar utilizada apenas realça as situações mais tristes da condição humana".

Compartilhe: