Denúncia aponta Claudinho Serra como líder de organização criminosa em esquema de fraudes em licitações

| Créditos: Izaias Medeiros

Na quarta-feira (17), uma denúncia foi formalizada contra 22 indivíduos na terceira fase da Operação Tromper, que investiga casos de corrupção e fraudes em licitações em Sidrolândia, localizada a 70 quilômetros de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O vereador Claudinho Serra (PSDB), detido desde 3 de abril, é novamente destacado como líder da organização criminosa.

Assinada por quatro promotores, Adriano Lobo Viana de Resende e Humberto Lapa Ferri, do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), Bianka M. A. Mendes, promotora de Sidrolândia, e Tiago Di Giulio Freire, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) alega que o grupo agia para manipular licitações em Sidrolândia, obtendo vantagens indevidas.

O esquema, segundo a acusação, desviava recursos de contratos para os envolvidos. Claudinho Serra, então secretário de Fazenda de Sidrolândia e atualmente vereador em Campo Grande, é apontado como o líder do grupo, supostamente recrutando outros servidores.

A denúncia sugere que, em cooperação com funcionários, os acusados distorciam a competitividade das licitações, excluindo outros concorrentes ao apresentarem valores abaixo do mercado. Os lucros, provenientes da execução deficiente dos contratos, eram alegadamente utilizados para pagamentos de propinas a diversos funcionários públicos.

O MPMS imputa ao grupo uma série de crimes, incluindo organização criminosa, fraude em licitação pública, concurso material de crimes, corrupção ativa, peculato e corrupção passiva.

No total, 22 indivíduos foram denunciados, sem possibilidade de acordo de não persecução penal. A lista inclui nomes como Claudio Jordão de Almeida Serra Filho, apontado como líder da organização criminosa, além de diversos empresários, ex-servidores e assessores parlamentares.

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