Na madrugada deste sábado (22), a cidade de Água Clara, a 192 quilômetros de Campo Grande, foi palco de um trágico feminicídio que vitimou a jovem empresária Mirielle Santos, de 26 anos. O principal suspeito do crime é o ex-companheiro da vítima, que está foragido.

A defesa do acusado, representada pelo advogado Marcos Ivan Silva, alega que o disparo da arma que tirou a vida de Mirielle foi acidental, buscando afastar a configuração de feminicídio. "Houve um 'acidente', a arma disparou e um único tiro tirou a vida da Mirielle", declarou o advogado ao Jornal Midiamax.

Ainda de acordo com o advogado, o acusado está profundamente abalado e repetidamente expressa seu amor por Mirielle. O casal estava separado há cinco meses e, segundo a defesa, a vítima teria agredido o ex-companheiro e o irmão dele recentemente.

Apesar da alegação de acidente, o caso é tratado como feminicídio pelas autoridades. Mirielle é a 4ª vítima desse tipo de crime no Mato Grosso do Sul em 2025.

A Polícia Civil segue investigando o caso e busca pelo suspeito. A arma do crime foi apreendida e testemunhas já foram ouvidas.

Relembre outros casos de feminicídio no Mato Grosso do Sul em 2025

• Karina Corim: Foi morta a tiros pelo ex-marido em Caarapó.
• Vanessa Ricarte: Jornalista e servidora pública foi esfaqueada pelo ex-noivo em Campo Grande.
• Juliana Domingues: Indígena foi morta a golpes de foice pelo companheiro em Nhu Porã.

Se você precisar de ajuda

• Central de Atendimento à Mulher: Ligue 180 (gratuito e confidencial).
• Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam): Procure a unidade mais próxima em caso de violência doméstica.

Observação

Apesar da defesa alegar um "acidente", a violência contra a mulher é um problema sério e recorrente. É fundamental que as vítimas busquem ajuda e denunciem seus agressores.