Decisão judicial mantém ordem de prisão para indivíduo flagrado com 2 kg de Esmeraldas em Operação da PF
- porRedação
- 12 de Janeiro / 2024
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Operação La Casa de Papel foi realizada em outubro de 2022 contra pirâmide financeira. | Créditos: DIVULGAÇÃO/PF
O fugitivo Cláudio Barbosa, alvo de uma operação da Polícia Federal desde outubro de 2022, teve sua ordem de prisão reiterada pela 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande. O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, em decisão publicada nesta sexta-feira (dia 12), ressaltou que a atitude de Barbosa visava evitar a concretização do direito punitivo do Estado.
Claudio Barbosa permanece em situação de foragido, confirmando a persistência do periculum libertatis. Fica evidente, por meio desse comportamento, o intento de evitar a consolidação do jus puniendi estatal, fundamentando assim a manutenção da medida extrema.
Barbosa é alvo de investigações no âmbito da operação "La Casa de Papel", que apura as atividades de uma organização criminosa suspeita de prejudicar 1,3 milhão de pessoas em um esquema transnacional de pirâmide envolvendo criptoativos.
Em 20 de agosto de 2021, Barbosa e dois comparsas foram detidos pela Polícia Federal ao serem flagrados com dois quilos de esmeraldas em Rio Brilhante, a 163 km de Campo Grande. A carga, avaliada em R$ 508 mil, levantou suspeitas de lavagem de dinheiro, resultando em liberdade provisória na ocasião.
A defesa, por sua vez, pleiteava a revogação da prisão preventiva emitida em 2022, buscando paridade com o tratamento dispensado aos demais investigados. Entretanto, o grupo permaneceu sob custódia por dez meses.
O Ministério Público Federal (MPF) enfatizou a necessidade de manter a ordem de prisão para Cláudio, argumentando que sua permanente fuga dificulta a aplicação da lei penal. Além disso, ressaltou a persistência do risco à ordem pública, econômica e social devido à desmobilização parcial da organização.
A prisão preventiva foi inicialmente decretada durante a operação "La Casa de Papel", que visa desmantelar uma organização criminosa especializada em crimes contra o sistema financeiro, estelionato e lavagem de dinheiro. O grupo supostamente se dedicava à captação de recursos financeiros sob falsos pretextos de gerenciamento de investimentos, operando como uma típica pirâmide financeira.
As investigações também abrangem o uso de empresas de fachada para atividades de lavagem de dinheiro.
Com informações do Campo Grande News