Decisão do STF sobre denúncia contra Bolsonaro e acusados gera reações divergentes entre políticos de MS
- porRedação
- 26 de Março / 2025
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| Créditos: Reprodução/Folha do Acre
A decisão unânime da primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e tornar réus os acusados sobre o vandalismo de 08 de janeiro, provocou reações distintas entre políticos de Mato Grosso do Sul.
O deputado estadual Cel David (PL) manifestou forte crítica à decisão, comparando o cenário político brasileiro com a Argentina e a Venezuela. Em sua declaração, o parlamentar afirmou que a democracia brasileira sofre um "abalo sem precedentes" devido ao que considera uma ignorância dos princípios constitucionais e penais, classificando o julgamento como uma "vingança política".
Em contrapartida, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) avaliou a decisão do STF como um indicativo de que a denúncia da PGR possui "elementos probatórios objetivos" que comprovam o cometimento de crimes pelos indiciados. Kemp ressaltou que o processo seguirá com a garantia de ampla defesa aos réus.
O ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) também se manifestou, alegando haver uma "nítida perseguição política" em torno de Bolsonaro e seus aliados, argumentando que não existem provas concretas de um plano efetivo de golpe ou participação nos eventos de 8 de janeiro. Contar criticou a gestão anterior, mencionando a falta de ação para conter o que ele descreveu como um "monstro" que agora estaria prejudicando diversos envolvidos.
O deputado federal Marcos Pollon também se manifestou de forma crítica, resumindo a decisão como um "absurdo" e alegando que ela inaugura uma "nova fase de um regime ditatorial", comparando o uso do judiciário no Brasil ao de países como Nicarágua e Venezuela para, segundo ele, "exterminar a oposição".
As diferentes perspectivas demonstram a polarização em torno da decisão do STF e do caso em questão, com parlamentares da base governista e da oposição expressando visões diametralmente opostas sobre a legitimidade e as implicações do julgamento.