“De Conto em Conto, Eu Conto”

| Créditos: Imagem criada por IA/Conteúdo MS

Em Campo Grande a política se desenrola como uma novela mexicana, repleta de reviravoltas, personagens caricatos e dramas que beiram o absurdo. Das pegadas de um ex-prefeito às declarações inflamadas de uma ministra, passando por hospitais em crise e deputados em fúria, a cidade se transforma em um palco de ironias e controvérsias.. Preparem os lenços (para as lágrimas de riso) e os óculos e pertem os cintos, porque a viagem é repleta de curvas e, como sempre, de muita "transparência"..

Pegadas do Gilmar Olarte: A Conta Chegou

O legado da "INDIgestão" continua a render frutos... amargos.

A 3ª Câmara Criminal do TJMS, numa demonstração de paciência digna de um monge tibetano, finalmente decidiu que a compra de livros paradidáticos na gestão Olarte não foi exatamente um modelo de transparência. Ângela Brito, a ex-secretária de Educação, leva a palma com 6 anos e 3 meses de detenção. Os demais envolvidos, coitados, pegaram "apenas" 5 anos e alguns meses. Afinal, quem nunca comprou uns livros sem licitação para ajudar um amigo, não é mesmo? A pergunta que não quer calar: quantos livros paradidáticos cabem em uma cela?

A "carta": A Língua e o Chicote

No jogo político, algumas cartas são marcadas... outras, descartadas.

Simone Tebet, a ministra que adora um holofote, declarou que Bolsonaro é "carta fora do baralho". Ciro Nogueira, seu defensor, não gostou nem um pouco e respondeu à altura, chamando Tebet de "zero à esquerda". A troca de gentilezas foi tão intensa que quase virou um duelo de rap. Enquanto isso, Bolsonaro, o suposto "carta fora do baralho", segue jogando suas cartas, quem sabe de onde, com um baralho que ninguém sabe de onde veio.

Contas e Descontos da Saúde

Quando a matemática hospitalar encontra a política municipal, o resultado é... confuso.

A Santa Casa, num acesso de sinceridade, questiona a execução do orçamento da saúde, apontando um "superávit" de R$ 118,8 milhões enquanto enfrenta uma crise de R$ 59,2 milhões. A prefeitura, por sua vez, alega diálogo constante e inexistência de débitos. Afinal, quem está contando as moedas erradas? A Santa Casa, com sua liminar na mão, exige R$ 46,3 milhões em 48 horas. A prefeitura, com sua Procuradoria ainda não notificada, segue em silêncio. No fim das contas, a única certeza é que essa conta não fecha!

O Batom e o Deputado (e a Ilusão de Ótica)

 No mundo das redes sociais, a verdade é um conceito... flexível.

Num grupo de WhatsApp onde a fina flor da política local se reúne para trocar figurinhas, uma senhora indignada com a sentença do "Xandão" expressa sua revolta. O deputado Pedro Kemp, sempre ele, surge para lembrar que pixar estátua não é exatamente um ato de patriotismo. E que, talvez, o 8 de janeiro não tenha sido uma mera "ilusão de ótica". A discussão, como esperado, descambou para os clássicos "comunismo" e "golpe de Estado". Afinal, em tempos de polarização, quem precisa de fatos quando se tem opiniões?

O Capitão e a Mudança (e o Novo Baralho)

Na política, mudar de casa é como trocar de roupa: questão de estilo.

Capitão Contar, o ex-quase-governador, está de malas prontas para Brasília. O PL, sempre atento aos talentos em ascensão, já fez seu convite. Mas o Capitão, experiente como um jogador de pôquer, prefere não revelar suas cartas. Republicanos e Progressistas disputam a atenção do Capitão. Afinal, com um currículo de quase-governador e sem tempo de TV, quem não gostaria de ter o Capitão em seu time?

Um dia, quem sabe, encontraremos um baralho onde todas as cartas joguem limpo, os zeros à esquerda se transformem em heróis, os hospitais nadem em superávits, as estátuas falem a verdade e os políticos encontrem seus lugares sem tanta confusão. Mas, até lá, sigamos acompanhando o espetáculo, comendo pipoca e aguardando o próximo capítulo dessa novela sul-mato-grossense.

Aos meu queridos leitores desejo um bom dia!

Por Alcina Reis

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