Consórcio Guaicurus denuncia atrasos nos repasses e necessidade de empréstimo para pagar salários
- porRedação
- 08 de Maio / 2025
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O Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo em Campo Grande, informou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que precisou contrair um empréstimo de R$ 2 milhões para garantir o pagamento de salários aos seus funcionários. De acordo com o consórcio, os atrasos nos repasses por parte da Prefeitura de Campo Grande motivaram a decisão de buscar o crédito.
Em sua defesa, a empresa relatou que os entraves administrativos no município têm causado atrasos nos pagamentos, o que coloca em risco a regularidade do pagamento da folha de salários dos funcionários. O Consórcio também informou que a Prefeitura nunca solicitou acesso ao seu fluxo de caixa, embora se disponha a fornecer as informações.
A relatora da CPI, Ana Portela (PL), sugeriu uma acareação entre os representantes do Consórcio e da Prefeitura, após uma declaração do diretor da Agência de Regulação, José Mário, que afirmou que o Consórcio nunca forneceu esses dados.
Além disso, o Consórcio Guaicurus está em processo judicial para buscar compensação contratual, alegando prejuízos mensais devido à redução no número de passageiros ao longo dos 13 anos de concessão.
Na sessão da CPI desta quarta-feira, os vereadores questionaram os auditores da Agetran sobre os critérios usados para classificar o serviço do Consórcio como “excelente”. O relatório de desempenho, que considera parâmetros como conforto, acessibilidade e pontualidade, foi contestado por vereadores, que criticaram o contrato de concessão por prejudicar tanto o poder público quanto a população.
O presidente da CPI, vereador Dr. Lívio, sugeriu até mesmo a rescisão do contrato, caso se confirmem falhas graves na sua execução e fiscalização.
As próximas oitivas da CPI estão marcadas para segunda-feira (12), quando serão ouvidos outros membros da Agetran.