Comitiva de senadores vai aos EUA visitar presas pelo 8 de Janeiro
- porR7
- 03 de Junho / 2025
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| Créditos: Reprodução/Freepik
Uma comitiva de senadores viajará à cidade de El Paso, no Texas (EUA), para visitar quatro presas pelos atos extremistas do 8 de Janeiro. A viagem dos parlamentares, aprovada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, ainda não tem data para acontecer.
O autor do requerimento aprovado é o senador Eduardo Girão (Novo-CE). O grupo já foi anteriormente à Argentina visitar cinco presos envolvidos nos mesmos atos, que estão foragidos. Na ocasião, além de Girão, os senadores Magno Malta (PL-ES) e Damares Alves (Republicanos-DF), presidente da comissão, compuseram a comitiva.
De acordo com Girão, ainda não se sabe quais parlamentares vão participar da visita aos EUA. Além disso, o senador destacou que sempre custeia as viagens de agenda externa, mas disse que os parlamentares podem pedir ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para a Casa bancar a viagem.
Os parlamentares visitarão Michely Paiva Alves, Cristiane da Silva, Rosana Maciel Gomes e Raquel Lopes de Souza. Todas estão presas desde 21 de janeiro nos EUA aguardando decisão da justiça americana sobre seus pedidos de asilo político.
O grupo pretende averiguar as condições carcerárias e supostas violações de direitos humanos das detentas. No documento aprovado, Girão sustenta que as mulheres saíram do Brasil buscando “proteção política contra a perseguição política e jurídica”.
Crimes investigados
As mulheres respondem no STF (Supremo Tribunal Federal) por cinco crimes: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.
O senador, porém, alega que “não há qualquer indício que elas invadiram prédios públicos ou participaram de atos de depredação”, mas que elas “somente adentraram em um prédio para se proteger das bombas que eram ateadas por helicópteros”.
Ele alega que as mulheres não tiveram os direitos constitucionais garantidos, pois ficaram presas “arbitrariamente” em Brasília durante sete meses e foram soltas sob a condição de uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento semanal à Justiça, restrição de comunicação e uso de redes sociais, dentre outras medidas cautelares.
“A visita proporcionará uma avaliação direta da situação e ajudará a promover a responsabilização de todos os envolvidos nesses atos arbitrários”, finalizou Girão.
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