A Justiça do Paraguai deu início nesta segunda-feira (17) ao julgamento da esposa e do irmão de Narciso Ayala, conhecido como “Bugão”, suposto fornecedor de drogas e armas para facções brasileiras. Ayala opera nos arredores de Salto Del Guairá, na região de Canindeyú, próximo à fronteira com o Brasil.

Ninfa Villasboa Chamorro, de 37 anos, e Francisco Delosanto Ayala, de 51 anos, conhecido como “Chapéu”, foram presos durante a Operação Jerjes I, conduzida pelo Ministério Público paraguaio em 27 de outubro de 2021. Narciso Ayala também foi alvo da operação, mas conseguiu escapar, supostamente com a ajuda de autoridades locais.

O julgamento inclui também Sírio Eudes Riquelme Bazán, de 32 anos, conhecido como “Cambista”, acusado de lavagem de dinheiro proveniente do narcotráfico. Durante a operação, foram apreendidos imóveis rurais e urbanos, além de veículos, que permanecem sob controle do Estado.

Os três réus enfrentam acusações de associação criminosa e lavagem de dinheiro com base na Lei de Drogas. O caso está sendo julgado pelo Tribunal de Sentença composto pelos juízes Inés Galarza, Pablino Barreto e Juan Dávalos.

Francisco Delosanto Ayala, irmão de “Bugão”, está entre os acusados que começaram a ser julgados hoje (Foto: Divulgação). Ninfa Villasboa Chamorro participa do julgamento remotamente, pois está em prisão domiciliar em Salto Del Guairá. Os outros dois acusados foram levados à presença dos juízes em Assunção.

Segundo o Ministério Público paraguaio, Narciso Ayala opera há pelo menos 12 anos na fronteira com Mato Grosso do Sul, sendo acusado de transportar cocaína do Peru e da Bolívia para abastecer facções criminosas brasileiras, além de fornecer maconha produzida no Paraguai.