CNJ mantém afastamento de juiz de Campo Grande acusado de golpe milionário e corrupção

| Créditos: Divulgação/CNJ

O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) confirmou, nesta quarta-feira (12), a liminar que mantém o juiz Paulo Afonso de Oliveira afastado da 2ª Vara Cível de Campo Grande. A decisão é baseada em investigações da Operação Ultima Ratio e documentos compartilhados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Oliveira é acusado de participar de um golpe de R$ 5,5 milhões contra um aposentado do Rio de Janeiro, utilizando documentos falsos e assinaturas forjadas. O juiz e o desembargador Júlio Roberto Siqueira Cardoso teriam autorizado o saque da quantia, mesmo sendo alertados sobre a fraude.

As investigações apontam que Oliveira acumulou um patrimônio milionário, incluindo uma fazenda avaliada entre R$ 30 milhões e R$ 70 milhões, um avião de R$ 1,3 milhão e a compra de outra propriedade rural por R$ 18 milhões.

O CNJ apura a suspeita de que o magistrado mantinha relações promíscuas com advogados, favorecendo-os em troca de vantagens indevidas. O ministro Mauro Campbell Marques destacou a "estreita relação" de Oliveira com o advogado de um processo julgado por ele, filho de outro desembargador do TJMS.

Além de Oliveira, a Operação Ultima Ratio investiga outros desembargadores e um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, por suspeitas de venda de sentenças e corrupção.

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