Francisco Cezário de Oliveira, afastado da presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) em outubro passado devido a investigações de desvio de dinheiro, ingressou com novo pedido judicial. O ex-cartola busca a suspensão imediata dos efeitos da eleição que elegeu Estevão Petrallás como novo presidente da entidade.

A defesa de Cezário alega que a votação é inválida, pois se baseou em uma Assembleia Geral Extraordinária que o destituiu e que ainda é alvo de questionamento na Justiça. Segundo o documento, a convocação da eleição desrespeitou princípios constitucionais e normas internas da FFMS, além da Lei Pelé.

A petição acusa a atual gestão de tentar consolidar um "fato consumado" para prejudicar a possibilidade de Cezário ser reintegrado ao cargo caso vença a ação judicial. O ex-presidente argumenta que sua destituição não seguiu o devido processo legal e que a contestação da FFMS foi apresentada fora do prazo. Ele também alega risco institucional para o futebol sul-mato-grossense com a continuidade da nova diretoria.

O pedido judicial inclui a proibição de a FFMS enviar documentos sobre a eleição à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a não validação de atas de posse até a conclusão do processo.

Francisco Cezário foi preso em maio de 2024 na Operação Cartão Vermelho, que investigou o desvio de R$ 6 milhões da FFMS. Segundo o Ministério Público, o esquema envolvia saques fracionados em dinheiro para evitar o controle de órgãos fiscalizadores.