Caso Vanessa Ricarte: Ministério das Mulheres apura atendimento à jornalista vítima de feminicídio

| Créditos: Reprodução

O Ministério das Mulheres, em resposta ao feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte na última quarta-feira (12), anunciou que irá apurar o atendimento prestado à vítima pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A jornalista foi morta a facadas pelo ex-noivo, Caio Nascimento, dentro de sua própria casa, para onde havia retornado para buscar pertences pessoais.

Falhas no protocolo de segurança

De acordo com o Ministério das Mulheres, o retorno de Vanessa à sua casa não deveria ter ocorrido sem a escolta da Patrulha Maria da Penha, conforme o protocolo de avaliação de risco para mulheres em situação de violência. A falha no cumprimento do protocolo levanta questionamentos sobre a qualidade do atendimento prestado à jornalista e a efetividade das medidas de proteção.

Áudios revelam tratamento inadequado

Áudios divulgados revelam que Vanessa Ricarte se sentiu "fria e seca" ao ser atendida por uma delegada na Deam. Em mensagens a uma amiga, a jornalista expressou sua preocupação com a falta de acolhimento e a descrença na proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade. "Eu, que tenho instrução, escolaridade, fui tratada desta maneira. Imagina uma mulher vulnerável... essas que são mortas", lamentou Vanessa.

Apuração e medidas

O Ministério das Mulheres encaminhou um ofício à Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul solicitando a abertura de um procedimento investigativo para apurar o atendimento prestado a Vanessa Ricarte. Uma equipe do Ministério também viajará a Campo Grande para dialogar com representantes da rede de atendimento à mulher e buscar medidas para aprimorar o serviço e garantir a segurança das vítimas de violência.

Repercussão e comoção

O caso de Vanessa Ricarte causou grande comoção e indignação na sociedade. A morte da jornalista expõe a fragilidade da segurança das mulheres em situação de violência e a necessidade de ações mais eficazes para combater o feminicídio. O Ministério das Mulheres reafirmou seu compromisso de atuar na prevenção e no enfrentamento a todos os tipos de violência contra as mulheres, em especial o feminicídio.

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