Caso Leo Veras: Viúva e promotor trocam acusações em meio a novas revelações
- porRedação
- 12 de Fevereiro / 2025
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| Créditos: Arquivo pessoal
Cinco anos após o assassinato do jornalista Lourenço Veras, conhecido como Leo, o caso volta a ser centro de uma crise política no Paraguai. O jornalista, colaborador de veículos brasileiros, foi morto a tiros em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã (MS), em 12 de fevereiro de 2020.
No aniversário de cinco anos do crime, o caso ganhou destaque nos jornais paraguaios devido à troca de acusações entre a viúva de Leo Veras, Cinthia González, e o promotor de Justiça, Andrés Arriola.
Arriola acusa Cinthia de ter mudado seu depoimento durante o julgamento do suposto mandante do crime, o narcotraficante Waldemar Pereira Rivas, conhecido como "Cachorrão". Rivas foi absolvido e libertado, apesar de responder a outros processos e estar na lista vermelha da Interpol. Atualmente, encontra-se foragido.
Cinthia González negou as acusações do promotor, afirmando que testemunhou com sinceridade e que o promotor tenta forçá-la a incriminar Rivas. Ela questiona o trabalho do Ministério Público paraguaio, alegando que omitiu informações e demorou para ouvi-la como testemunha.
O caso ganhou novos capítulos com a divulgação de mensagens e áudios do celular do deputado Eulálio Gomes, o "Lalo", que mostram seu envolvimento na soltura de "Cachorrão". Lalo Gomes, acusado de ligação com o tráfico de drogas, foi morto pela polícia em agosto de 2023. Duas juízas que atuaram na absolvição de Rivas também estão sendo investigadas por ligação com o deputado.
A investigação do assassinato de Leo Veras, inicialmente conduzida pelo promotor Marcelo Pecci, morto em 2022, agora está sob responsabilidade de Andrés Arriola. O caso segue sem solução, com diversas perguntas ainda sem resposta.