Nesta quinta-feira (21), a Invictus Sports, uma empresa sediada em Dourados, localizada a 251 km de Campo Grande, tornou-se um dos focos da "Operação Cartão Vermelho", lançada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) com o objetivo de investigar um suposto desvio de R$ 6 milhões na FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).

As equipes do Gaeco realizaram mandados de busca e apreensão pela manhã na unidade da Invictus Camisetas, situada na Rua José de Alencar com Oliveira Marques, no Jardim Paulista, região leste da cidade.

A Invictus Sports, cujo nome comercial pertence à pessoa jurídica "Patrícia Gomes de Araújo Ltda.", está em operação desde 2017, fabricando uniformes esportivos e corporativos. Além disso, a empresa é a fornecedora de camisetas para alguns times que competem no Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol, incluindo DAC (Dourados Atlético Clube), Águia Negra e Aquidauanense. Contudo, o proprietário real da empresa é Marco Antonio de Araújo, que acompanhou as buscas do Gaeco, durante as quais seu celular e documentos foram confiscados.

Por meio de sua assessoria, a Invictus declarou que presta serviços à Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, devidamente registrados por meio de notas fiscais e pagamentos feitos em conta corrente da empresa. O proprietário afirmou estar cooperando com o Gaeco, fornecendo todas as informações requisitadas, e expressou confiança no trabalho realizado pela Justiça do Mato Grosso do Sul.

Além da Invictus Sports, um restaurante localizado na Avenida Marcelino Pires, na Vila São Francisco, em Dourados, também foi alvo da operação.

De acordo com o Gaeco, nos últimos anos, uma organização criminosa se infiltrou na FFMS para desviar fundos provenientes de convênios firmados com o Governo de Mato Grosso do Sul e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O principal alvo da operação é o presidente da FFMS, Francisco Cezário de Oliveira, que está à frente da entidade desde 1998. Durante a operação, foram apreendidos cerca de R$ 800 mil em espécie na residência de Oliveira, em Campo Grande. Sete mandados de prisão preventiva foram cumpridos, mas não há confirmação se Cezário foi detido.