Na terça-feira (30), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu a coronel Neidy Nunes Barbosa em Brasília para formalizar sua filiação ao partido. Durante o evento, Bolsonaro anunciou Neidy como vice na chapa do pré-candidato Beto Pereira (PSDB), uma decisão que gerou descontentamento entre membros da direita em Mato Grosso do Sul.

Em um vídeo divulgado, Bolsonaro declarou seu apoio ao PSDB e destacou a escolha de Neidy como vice "na minha cota". A reunião contou com a presença do Tenente Portela, que retirou sua pré-candidatura em favor do PSDB, além dos tucanos Reinaldo Azambuja, Beto Pereira e Eduardo Riedel. "Vamos fazer de Mato Grosso do Sul, pela política, um dos melhores estados do Brasil, se Deus quiser", afirmou Bolsonaro antes de assinar a filiação de Neidy. O PL confirmou a participação da coronel na convenção municipal na sexta-feira (2).

Essa aliança marca um afastamento de Bolsonaro em relação aos candidatos de direita que pretendiam disputar a Prefeitura de Campo Grande, optando por apoiar o PSDB.

Aliança em Dourados Provoca Ruptura na Direita
A pré-candidata à Prefeitura de Dourados, Gianni Nogueira, esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), também retirou seu nome da disputa para apoiar o PSDB, após o acordo entre os partidos. Gianni será vice na chapa de Marçal Filho (PSDB), que será oficializado como pré-candidato durante a convenção do partido em Dourados no sábado. Membros do diretório do PL confirmaram que a decisão de Bolsonaro foi determinante para que Gianni desistisse da candidatura e apoiasse Marçal, alinhado ao grupo de Reinaldo Azambuja.

Essa movimentação política de Bolsonaro evidencia uma estratégia de alianças que tem causado divisões e críticas dentro da direita em Mato Grosso do Sul, evidenciando uma reconfiguração das forças políticas no estado.