O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) liderou um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (6), em defesa da anistia para os presos e condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O evento contou com a presença de líderes da oposição, como deputados Luciano Zucco (PL-RS) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), além do senador Rogério Marinho (PL-RN) e governadores aliados, incluindo Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Wilson Lima (União-AM).

A manifestação teve como um dos símbolos o caso de Débora Rodrigues, cabeleireira que aguarda julgamento no STF por pichar a estátua "A Justiça" com a frase "Perdeu, mané". A oposição critica a severidade da pena proposta pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que defende 14 anos de prisão.

O objetivo do ato é pressionar o Congresso a acelerar a tramitação do projeto de anistia. O PL busca apoio para um requerimento de urgência, necessitando de 257 assinaturas de deputados. Até o momento, 173 deputados assinaram o documento. A aprovação da urgência e do mérito do projeto também depende da decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O projeto de anistia enfrenta resistência da ala governista, que teme que a medida beneficie Bolsonaro, inelegível até 2030 e réu no STF por tentativa de golpe de Estado. A oposição considera injustas as condenações por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa. Uma proposta de anistia parcial está sendo avaliada, buscando reduzir as penas e enquadrar os crimes apenas como dano qualificado e deterioração de patrimônio, permitindo que os condenados cumpram as penas em regime semiaberto.