Bezerro bate recorde de preço e supera R$ 465/@ em meio à escassez e alta demanda

| Créditos: Foto: Faz. SantaNice

O mercado pecuário brasileiro vive um momento de alta expressiva nos preços da reposição, especialmente para bezerros, que atingiram valores recordes em novembro de 2024. A escassez de animais, impulsionada pela baixa oferta e aumento da demanda, tem gerado forte competição entre compradores e dificuldades para encontrar animais de boa qualidade.

Dados do Cepea e da Scot Consultoria apontam para uma valorização generalizada em diversas categorias de bovinos anelorados. Em Minas Gerais, o bezerro de desmama (6,5@) alcançou R$ 2.650,00 por cabeça, alta de 20,5% em 30 dias. No Mato Grosso do Sul, o indicador do bezerro do Cepea/BM&FBovespa fechou novembro em R$ 2.705,76 por cabeça, com valorização mensal de 12,32%. Na última semana, o animal atingiu média de R$ 2.664,00 por cabeça, o que representa um preço histórico de R$ 446,00/@.

Fatores que impulsionam a alta

A recuperação das pastagens após o período de chuvas, aliada à limitada oferta de bezerros e garrotes, intensificou a procura por animais de reposição, criando um descompasso entre oferta e demanda. Produtores que postergaram as compras agora enfrentam dificuldades para encontrar animais de qualidade.

Outro fator que contribui para a alta é o bom desempenho do boi gordo, que atingiu R$ 338,76 por arroba em novembro, impulsionado pela forte demanda interna e externa por carne.

Perspectivas para o mercado

Especialistas indicam que o mercado pode se estabilizar nas próximas semanas, mas a pressão da demanda e a recuperação das pastagens sugerem que os preços devem se manter firmes. A estratégia de reposição deve ser cuidadosamente avaliada pelos pecuaristas, considerando os custos e o cenário de preços elevados.

| Créditos: Reprodução/Canal Rural

Outras categorias também em alta

Além dos bezerros, outras categorias de reposição também apresentaram aumentos significativos. O garrote (10,0@) subiu para R$ 3.725,00 por cabeça (+24,2%), o boi magro (12,5@) foi cotado a R$ 4.044,50 por cabeça (+9,3%) e a vaca boiadeira (11,0@) registrou alta de 32,0% em Minas Gerais, cotada a R$ 3.352,53 por cabeça.

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