A insistência do deputado federal Beto Pereira em utilizar o termo “Novo” em sua campanha para prefeito de Campo Grande revela um desespero mal disfarçado. A Justiça Eleitoral já determinou que ele cesse o uso da palavra, associada ao partido de seu adversário Beto Figueiró, devido ao risco de confundir o eleitorado. Mesmo assim, Pereira recorre, alegando que o termo é de uso comum e que sua campanha não se assemelha à do rival.

Esse apelo jurídico parece mais uma tentativa de burlar as regras do que uma defesa legítima. A justificativa de que "Novo" é uma palavra comum soa vazia, considerando o contexto eleitoral, onde a associação ao partido concorrente é evidente. Além disso, o argumento de que as cores da campanha de Pereira são diferentes também não convence, já que o uso de termos e símbolos específicos pode, sim, induzir o eleitor ao erro.

A postura de Pereira reforça a percepção de uma estratégia calculada para aproveitar a semelhança de nomes e confundir eleitores, especialmente em uma eleição onde a clareza e transparência deveriam prevalecer. Enquanto isso, a justiça terá que decidir se essa manobra questionável será permitida, o que, em última análise, afeta a integridade do processo eleitoral.