Autoridades de MS passam madrugada em bunker durante ataques em Israel

| Créditos: Foto: Montagem/Correio do Estado


A madrugada de domingo (15) em Israel foi marcada por um aumento significativo nos confrontos com o Irã. O governo israelense confirmou a morte de 13 pessoas, incluindo três menores, e registrou 380 feridos, nove deles em estado grave. Mais de 200 foguetes foram lançados, com 22 pontos de impacto identificados em solo israelense.

Em meio a essa escalada, autoridades de Mato Grosso do Sul, em missão oficial no país, vivenciaram de perto a tensão. A subsecretária de Saúde de Mato Grosso do Sul, Christinne Maymone, acompanhada por Marcos Espíndola, da SES, e Ricardo Senna, da Secretaria-Executiva de Ciência e Tecnologia, relatou uma madrugada de alertas em Tel Aviv.

Hospedados em Jaffa, na região metropolitana de Tel Aviv, os brasileiros foram orientados por duas vezes a procurar os bunkers do hotel. Christinne descreveu a experiência: "As sirenes tocam, mas não escutamos nada, graças a Deus. Seguimos todas as orientações que enviam no aplicativo."

O governo israelense utiliza um sistema de alerta em tempo real que informa a população sobre o lançamento de foguetes e mísseis, indicando o tempo estimado para o impacto e as instruções de segurança. Para as autoridades sul-mato-grossenses, o tempo estimado para alcançar o bunker era de um minuto e meio.

Christinne Maymone optou por permanecer no bunker subterrâneo durante boa parte da noite, sentindo-se mais segura. "Sinto-me segura. Este do subsolo é maior, então já fico por aqui. Estou com umas 15 pessoas, da nossa missão oficial e alguns hóspedes também", afirmou. Apesar da intensidade dos ataques, a subsecretária destacou que todos na comitiva mantiveram a calma.

Por volta das 3h12, o aplicativo sinalizou o fim do risco na área do hotel. "Passou o tempo. Ontem o alarme tocou quatro vezes. Sigamos", comentou Christinne.

A comitiva, que cumpriu uma missão oficial entre 7 e 14 de junho para fortalecer a cooperação e troca de experiências com o governo israelense, aguarda agora a liberação do espaço aéreo, que permanece fechado, para retornar ao Brasil. O governo de Israel está trabalhando para providenciar o voo de volta assim que as condições de segurança permitirem.

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