A Polícia Federal destacou áudios em que o ex-secretário-adjunto da Educação, Édio Antônio Resende de Castro, é chamado de “fominha” ao cobrar propina de empresários ligados a pagamentos feitos pela secretaria. As conversas foram anexadas à representação que pediu mandados de busca e apreensão na Operação Vox Veritatis, que apura desvios milionários.

Em um dos trechos, um empresário, que está no Rio de Janeiro, menciona a compra de uma camisa do Flamengo como presente para Édio, em troca de um pagamento de R$ 8,4 milhões referente a notas fiscais da compra de tablets para a secretaria. O contrato, firmado com recursos do FNDE, é de quase R$ 12 milhões, com a empresa Agira Tecnologia e Comércio e Serviços.

Os áudios também mostram movimentações financeiras suspeitas, como repasses de valores entre empresas e saques em dinheiro antes de reuniões com Édio, sugerindo pagamentos de propina em espécie.

Esta é a segunda operação contra Édio. Ele foi preso na Operação Turn Off, em novembro de 2023, mas liberado por decisão judicial.