A empresa TAG ME Mídias, citada pela Polícia Federal (PF) em investigação sobre fake news na campanha eleitoral, afirmou que foi contactada pela assessora de Rose Modesto (União), Iolanda Pereira de Araújo, para a contratação de um ator sósia de Beto Pereira (PSDB). A empresa, no entanto, destacou que a negociação não foi finalizada.

Em nota, a TAG ME Mídias esclareceu que, em 31 de agosto de 2024, recebeu uma solicitação de orçamento para um ator com características semelhantes a Beto Pereira. A empresa enfatizou que não houve discussão sobre roteiros, limitando-se a discutir o perfil do ator.

A assessoria da campanha de Rose Modesto confirmou a busca pela contratação de atores para uma peça oficial de campanha, que estaria assinada. O vazamento de informações sobre a produção, que está sendo investigado, teria ocorrido antes da operação da PF. A assessoria ressaltou que não havia definição sobre a forma de divulgação do material.

Iolanda Pereira de Araújo, que atua na produção da campanha, reafirmou que a negociação com a TAG ME Mídias não foi concluída e que não há ligação da empresa com a veiculação de fake news.

Em áudios atribuídos a Iolanda, ela menciona a necessidade de um ator com características de Beto Pereira e também de sósias de Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel, especificando características físicas desejadas para cada um.

Ouça:

A operação da PF foi autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral e teve como alvos a TAG ME Mídias, o ator Matheus dos Santos Lopes e o influenciador Marcos Antônio Davalo Gimenes, conhecido como "vinte067" no Instagram. Durante a operação, foram apreendidos computadores, celulares e documentos. Os investigados são suspeitos de integrar uma rede de produção de fake news para influenciar o resultado das eleições, visando identificar financiadores e beneficiários da disseminação de vídeos com falsas denúncias.

A ordem judicial, assinada pelo desembargador Sideni Pimentel, destaca a importância da operação para a identificação dos responsáveis pela divulgação de notícias falsas, que visam prejudicar candidatos nas eleições municipais de 2024.

Fonte: Campo Grande News

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