Asilo São João Bosco e Arquidiocese de Campo Grande entram em disputa judicial por Imóvel Histórico

| Créditos: Reprodução/Campo Grande News

Uma disputa legal está em curso entre o Asilo São João Bosco e a Arquidiocese de Campo Grande, referente a um imóvel localizado em área doada pela família Baís em 1933, no Centro da cidade. O valor da ação é de R$ 2 milhões, aguardando decisão da 3ª Vara Cível. Em 1933, o terreno era avaliado em sete contos de réis.

Segundo os documentos do processo, a direção do asilo, situado no Bairro Tiradentes, afirma ter sido surpreendida em 2021 por um comunicado da Igreja Católica, alegando posse de 68% do imóvel na Rua 26 de Agosto.

Alegando posse contínua por quase um século, a direção do asilo apresentou uma linha do tempo de suas atividades. Fundada em 1923, inicialmente como conferência Vicentina Nossa Senhora das Vitórias, a instituição evoluiu para fornecer assistência a idosos abandonados, especialmente do sexo masculino, a partir de 1926, quando alugou um pequeno salão para suas atividades.

Em 24 de novembro de 1933, o casal Bernardo Franco Baís e Amélia Alexandrina Franco Baís doou dois terrenos na Rua 26 de Agosto para a construção do Asilo dos Velhos.

Em 1940, a administração do asilo foi transferida para a Mitra Diocesana de Corumbá, embora a Conferência tenha continuado a administrar todas as melhorias e reformas no imóvel com recursos doados. Em 1959, parte do imóvel foi solicitada pela Arquidiocese de Campo Grande.

Em 19 de dezembro de 1979, o asilo mudou-se para o Bairro Tiradentes, enquanto o prédio da Rua 26 de Agosto foi alugado. Ao longo dos anos, foram adquiridas mais áreas e realizadas reformas, incluindo a construção de um prédio de três andares na Avenida Calógeras, utilizado por diversas instituições.

A Associação Recanto São João Bosco - Asilo São João Bosco - busca anular uma declaração feita ao cartório em 18 de fevereiro de 1959, pelo bispo Dom Antônio Barbosa, que transferiu parte da propriedade para a Arquidiocese de Campo Grande.

De acordo com o advogado Diego Marcelino da Silva Barbosa, a associação só teve conhecimento da situação em 2021, através de notificação da arquidiocese. Até o momento, não foi possível contatar a defesa ou a direção do asilo para comentários adicionais.

Com informações do Campo Grande News

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