Em Mato Grosso do Sul, servidores aposentados do estado voltaram a protestar contra o desconto de 14% da contribuição previdenciária na reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa (Alems), nesta segunda-feira (4). Os manifestantes pedem isenção total do desconto e prometem continuar a luta até que a questão seja resolvida.

Protestos e negociações

Os protestos, que já duram um ano e oito meses, reuniram cerca de 40 aposentados na Alems, com faixas e cartazes. A líder do movimento, Auxiliadora Darc Barbosa, de 68 anos, afirmou que a luta continua até a derrubada do desconto.

O governador Eduardo Riedel, presente na sessão de retorno do ano legislativo, cumprimentou os manifestantes e se reuniu com o secretário estadual da Casa Civil, Eduardo Rocha, para discutir a pauta.

Avanços e desafios

Ao longo dos protestos, os deputados estaduais têm participado das negociações com o governo. Uma das conquistas do movimento foi a aprovação da Lei 178/2024, que isenta aposentados e pensionistas com comorbidades da contribuição previdenciária de 14%.

Apesar disso, os aposentados buscam a isenção total do desconto, alegando que ele pesa no orçamento familiar. O governo, por sua vez, justifica a manutenção do índice, afirmando que o percentual é necessário para a sustentabilidade financeira do sistema previdenciário, além de seguir as diretrizes da legislação federal.

Próximos passos

Uma nova reunião entre representantes dos aposentados e o governo está agendada para tratar da questão. Os manifestantes esperam que o diálogo avance e que a isenção total do desconto seja alcançada.

Repercussão

A luta dos aposentados de Mato Grosso do Sul contra o desconto previdenciário tem repercutido em todo o estado e tem ganhado apoio de diversas categorias de servidores públicos. A expectativa é que o movimento continue a pressionar o governo e a Assembleia Legislativa para que a questão seja resolvida o mais breve possível.