Aplicativo Celular Seguro ultrapassa 500 mil registros em 3 dias
- porRedação
- 23 de Dezembro / 2023
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A adesão em massa à plataforma Celular Seguro, um aplicativo governamental destinado a bloquear smartphones em casos de perda, roubo ou furto, atingiu a marca de 500 mil usuários registrados até as 15 horas da última sexta-feira, 22 de dezembro. O lançamento, promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), ocorreu três dias antes.
O aplicativo, disponível gratuitamente, pode ser acessado pelo site oficial do Ministério da Justiça e Segurança Pública ou pelas lojas de aplicativos online. No Google Play Store, destinado a celulares com sistema operacional Android, registrou-se a marca de 465.150 mil downloads, enquanto nos aparelhos iPhone, com sistema iOS, foram contabilizados 194 mil downloads. Esta popularidade rendeu ao aplicativo a posição de mais baixado no país por dois dias consecutivos.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a ferramenta recebeu um total de 2.544 alertas de usuários relacionados a perda, roubo ou furto de aparelhos. O secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, destacou que esses números refletem a confiança da população nas ações do Ministério diante de problemas cotidianos.
"Cumprimos nosso compromisso em lidar com os problemas mais sérios que afetam a população. Isso inclui desde ações contra o crime organizado e crimes violentos até o combate ao roubo e furto de celulares. Realizamos ações que têm um impacto positivo no dia a dia da sociedade", afirmou Cappelli.
Cadastro e Funcionalidades
Desenvolvido com o propósito de prevenir o uso indevido de celulares extraviados, roubados ou furtados, o Celular Seguro notifica rapidamente as operadoras e instituições bancárias e de crédito. Com apenas um clique, os usuários podem proteger informações pessoais, como número de CPF e senhas, habitualmente armazenadas nos dispositivos móveis.
O cadastro no Celular Seguro exige que o usuário acesse sua conta no portal Gov.br, utilizando o CPF e senha. Não há limites para o número de registros, contudo, é necessário que estejam vinculados ao CPF para que o bloqueio seja efetivo. Adicionalmente, o cadastrado pode indicar pessoas de confiança autorizadas a efetuar bloqueios, no caso de roubo, furto ou extravio do aparelho.
Até a tarde da última sexta-feira, 331.470 pessoas de confiança foram incluídas no aplicativo, conforme informações divulgadas pelo MJSP.
Procedimento de Bloqueio e Recuperação
O procedimento de bloqueio é simplificado, permitindo ao usuário acionar bancos e sua operadora telefônica para interromper o acesso remoto às contas e ao sinal do dispositivo. Entretanto, o bloqueio não é instantâneo, podendo variar até 24 horas, dependendo da instituição bancária.
Após o registro de perda, roubo ou extravio do celular, os bancos participantes do projeto realizarão o bloqueio das contas. A Febraban explica que o bloqueio dos aparelhos celulares é efetuado por meio dos códigos IMEI, que funcionam como uma identificação única de cada celular. Este número pode ser encontrado nas configurações do aparelho ou na nota fiscal.
Entretanto, o corte das linhas telefônicas só será efetivo até fevereiro de 2024.
Aderência das Empresas e Esclarecimentos
O aplicativo já conta com a adesão de 12 bancos, incluindo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander, Itaú, Banco Inter, Sicoob, XP Investimentos, Banco Safra, Banco Pan, BTG Pactual e Sicredi. Os termos de uso da plataforma detalham as empresas participantes.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública destaca que não há opção de bloqueio temporário no aplicativo. Caso o aparelho seja recuperado, o usuário precisará entrar em contato com a operadora de telefonia e demais parceiros do Projeto Celular Seguro para reativar seus acessos.
Alerta contra Fake News
Por último, o Ministério alerta os proprietários de celulares sobre a disseminação de fake news relacionadas ao funcionamento do Celular Seguro. Ressalta que o governo federal não tem acesso aos dados dos usuários nem envia e-mails ou links para acesso à plataforma.