Pesquisa inédita revela a presença de octodrina, substância similar à anfetamina, em cigarros eletrônicos no Brasil. A descoberta levanta sérias preocupações sobre os riscos à saúde, especialmente o potencial de vício, associados ao uso desses dispositivos.

Apesar de proibidos no país, os vapes circulam ilegalmente, dificultando o controle de sua composição e expondo os usuários a substâncias desconhecidas. A pesquisa, realizada em parceria entre a Universidade Federal de Santa Catarina e a Polícia Científica, analisou dez dispositivos de três marcas diferentes e identificou a octodrina em todos eles.

A octodrina, da mesma família da anfetamina, atua no sistema nervoso central, causando agitação e taquicardia. Especialistas alertam que sua presença nos vapes pode aumentar o potencial de vício, tornando mais difícil parar de fumar e exigindo doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito.

A descoberta reforça a necessidade de conscientização sobre os riscos dos cigarros eletrônicos, especialmente entre os jovens, que são o público-alvo da indústria. A Anvisa reforça a proibição dos dispositivos e sua comercialização no país, mas o combate ao mercado ilegal continua sendo um desafio.

A pesquisa também destaca a importância de estudos mais aprofundados sobre a composição dos vapes e seus efeitos à saúde. A falta de informações claras sobre as substâncias presentes nesses dispositivos aumenta os riscos para os usuários, que muitas vezes desconhecem os perigos a que estão expostos.

É fundamental que a sociedade esteja informada sobre os riscos reais dos cigarros eletrônicos e que as autoridades intensifiquem o combate ao mercado ilegal, protegendo a saúde da população, especialmente dos jovens.

Fonte: G1