Política e suas fusões: “Amigos, Inimigos e a Arte de Não Brigar”

| Créditos: Caio Gomez/CB/D.A Press

Nas rodas de café e nos gabinetes, os dirigentes partidários desenham cenários que parecem mais com tramas de novela do que com estratégias políticas. O horizonte das eleições de 2026 traz consigo a possibilidade de uma "superfederação" partidária que, em outros tempos, seria tão improvável quanto juntar água e óleo. MDB, PSDB, PSD, PP, União Brasil e Republicanos: siglas que carregam histórias de embates, agora cogitam compartilhar o mesmo palanque em Mato Grosso do Sul.

As conversas têm padrinhos de peso, como o ex-presidente Michel Temer, a ministra Simone Tebet e figuras de destaque como Marconi Perillo e Ciro Nogueira. Não faltam nomes e interesses para alimentar a narrativa de uma megaestrutura que promete ser um divisor de águas. Porém, a lógica é clara: mais do que unir ideologias, a ideia é ampliar poder, influência e, claro, o alcance no Congresso.

O detalhe curioso dessa dança partidária é a capacidade de transformar o que antes parecia intransponível. Amigos viram rivais, rivais tornam-se aliados e o eleitor, acostumado a torcer como quem escolhe um time de futebol, é convidado a refletir. A política é dinâmica, e a democracia, afinal, foi feita para dialogar, não para dividir.

Brigar por partidos? Que tolice! A lição que fica é simples: enquanto eles dançam conforme a música, o papel do eleitor é não deixar de prestar atenção na melodia.

Por Alcina Reis

Jornalista Alcina Reis | Créditos: Arquivo pessoal

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