Deputado que deu tapa em bolsonarista, já foi condenado a 3 anos de reclusão

| Créditos: Reprodução/Facebook

O deputado federal Washington Luiz Cardoso Siqueira, mais conhecido como Washington Quaquá, está sob intensa atenção após um incidente em que agrediu verbal e fisicamente colegas parlamentares. Quaquá, atual vice-presidente nacional do PT, foi flagrado em um episódio em que, durante a discussão política, desferiu um tapa em Messias Donato (Republicanos-ES) e utilizou termos ofensivos contra Nikolas Ferreira (PL-MG). Os casos estão em processo de análise no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, além de uma notificação enviada à Procuradoria-Geral da República (PGR), mediante a possível cassação do mandato do deputado.

Além desse episódio, Washington Quaquá está sob escrutínio judicial. Ele enfrenta uma ação penal na Justiça Federal do Rio de Janeiro, na qual, em primeira instância, foi condenado a três anos, dois meses e 15 dias de reclusão. A notificação está relacionada à interrupção do funcionamento do aeroporto de Maricá, durante seu mandato como prefeito, por meio do decreto 171/2013. Esse ato resultou no impedimento de pousos, com veículos municipais bloqueando a pista, colocando em risco a navegação aérea.

Quaquá defendeu sua ação, alegando ter expulsado traficantes do aeroporto durante seu governo como prefeito, mas o Ministério Público Federal avalia suas ações como ameaças à segurança dos pilotos e das aeronaves. Embora tenha acontecido um incidente fatal próximo à pista, uma investigação do Centro de Investigação e Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) concluiu que falhas mecânicas foram determinantes para o acidente, absolvendo Quaquá de culpa direta na tragédia.

Além desses acontecimentos, Quaquá foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa em razão dos casos anteriores. Em 2013, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou sua inelegibilidade por oito anos, devido a abuso de poder político durante sua reeleição como prefeito de Maricá. Posteriormente, em 2018, o TSE negociou novamente sua candidatura, dessa vez devido à concessão indevida de gratificações a correligionários quando era prefeito, configurando uma conduta vedada a agente público.

Atualmente, o deputado Almeja concorreu novamente ao cargo de prefeito de Maricá nas eleições de 2024, após governar a cidade por dois mandatos entre 2009 e 2016. Quaquá afirmou em suas redes sociais sua intenção de retornar à prefeitura, mas sua trajetória política, marcada por judiciais e decisões controversas, permanecem sob forte escrutínio público.

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