Zucco pede a demissão de assessor especial do Ministério da Agricultura, Fávaro sai em defesa e clima esquenta na Câmara

| Créditos: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados


O deputado federal Coronel Zucco (PL-RS) cobrou nesta quarta-feira (28), na Comissão de Agricultura, a demissão do assessor especial do ministro Carlos Fávaro, após uma fala durante uma reunião fechada para tratar de assuntos sobre a reconstrução do agronegócio gaúcho. De acordo com o líder da oposição, Carlos Augustin debochou da situação do Rio Grande do Sul.

“Me lembro do debochado assessor especial Carlos Ernesto Augustin, homem de bilhões de reais, grande financiador de campanhas, conhecido como Teti ou Barão do Agronegócio, que disse: ‘Se nós tivéssemos mais uma safra frustrada, teríamos que fechar o agro guapo’. Quem é ele? Irresponsável. Me lembro que o senhor ficou constrangido. Então, o mínimo que o senhor deveria fazer era demitir esse homem, o mínimo, por desrespeitar o povo gaúcho. Aliás, se o senhor não demiti-lo, está concordando com o que ele falou do meu estado”, disse Zucco.

Ainda durante o seu discurso de quase 15 minutos, o parlamentar revelou que pretende convidar a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para prestar esclarecimentos sobre os cortes do governo para o setor. Zucco lamentou não ser possível convidar o assessor de Fávaro.

“Uma pena não poder convidar ou convocar esse seu assessor especial, debochado, irresponsável, criminoso, que debochou do meu estado e que a gente só não elevou a temperatura porque acreditou em palavras”, concluiu. O ministro da Agricultura logo saiu em defesa do assessor e colega de grupo político, Carlos Augustin. Fávaro negou que a fala tenha sido em um tom de deboche.

“Eu quero trazer ao contexto a fala do assessor do gabinete do ministro. Se houver outro problema, nós temos que fechar o Rio Grande do Sul. O contexto não foi pejorativo; ele é um gaúcho, de Passo Fundo. É um gaúcho que se dedica muito, apesar de estar lá em Mato Grosso. Inclusive, hoje ele me falou que está trabalhando em medidas para o Rio Grande do Sul. O que ele quis dizer, ou foi mal interpretado, não é que precisamos fechar porque não há solução, mas, sim, porque o povo gaúcho não aguenta mais a consonância, como o senhor está dizendo. Portanto, em hipótese alguma eu demitiria alguém que está trabalhando exatamente para construir a solução. E talvez a forma de se expressar seja que não aguenta mais. Não precisa criar polêmica, trazer ele aqui para fazer campanha política, é trazer solução”, disse Fávaro.

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