O vereador de Campo Grande, Beto Avelar, utilizou a tribuna da Câmara Municipal para comentar a morte da menina Sophie, de 5 anos, após supostas falhas no atendimento médico. Em tom emocionado, ele também compartilhou o drama vivido por sua própria família em razão de um erro médico que afetou gravemente a saúde de seu filho.

Sophie foi atendida em duas unidades de saúde diferentes, em três ocasiões, após um portão cair sobre sua cabeça. A busca por atendimento se estendeu por quatro dias, mas a menina não resistiu aos ferimentos. O caso gerou comoção e levantou questionamentos sobre a qualidade do atendimento prestado. "Nenhuma família deveria passar por tanto sofrimento ao buscar ajuda", disse o vereador.

Durante o discurso, Avelar relatou que seu filho, então com 30 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória durante uma cirurgia simples para retirada de um pino no braço. Segundo ele, o anestesista responsável teria se ausentado da sala de cirurgia logo após aplicar a sedação. Desde então, o jovem vive com sequelas graves e precisa de cuidados contínuos. “Cada vez que chego em casa parece que é um luto eterno”, afirmou.

O vereador também criticou a dificuldade enfrentada para obter documentos médicos e relatórios sobre o caso do filho. Ele apontou entraves legais e burocráticos que, segundo ele, impedem a responsabilização adequada dos envolvidos. “Hoje, minha família está psicologicamente destruída”, desabafou.

Ao concluir, Avelar destacou que há muitos profissionais comprometidos na medicina, mas defendeu que o tema dos erros médicos seja tratado com mais seriedade pelo poder público. “Não estou generalizando, mas é necessário pautar esse assunto. Isso pode acontecer com qualquer um de nós”, alertou. Ele votou favoravelmente ao requerimento que pede apuração do caso de Sophie.

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