Tumor raro muda tonalidade da pele de jovem; medicamento custa R$ 32 mil
- porRedação
- 02 de Novembro / 2024
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Sabrina Gomes, 24 anos, portadora de um timoma raro que causa Síndrome de Cushing e alteração na cor da pele, aguarda há dez meses por um medicamento de alto custo fornecido pela Secretaria Estadual de Saúde do Ceará (Sesa). O remédio, lutécio radioativo, custa em média R$ 32 mil por dose, e Sabrina necessita de quatro doses.
Diagnosticada na adolescência, Sabrina enfrenta dificuldades respiratórias, insuficiência renal, hipertensão e distúrbios metabólicos. O tumor, localizado no tórax, produz excesso de ACTH, hormônio que estimula a produção de cortisol pelas glândulas adrenais. O excesso de cortisol causa a Síndrome de Cushing, responsável pelos sintomas da jovem.
Após três quimioterapias, radioterapia e quatro cirurgias, Sabrina busca no lutécio radioativo a chance de estabilizar ou eliminar o tumor. A medicação ataca as células tumorais e pode reduzir o tamanho do timoma, que atualmente comprime órgãos vitais como esôfago, veia cava e coração.
A equipe médica do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), onde Sabrina é acompanhada, ressalta a raridade do caso e os desafios do tratamento. A professora Ana Rosa Quidute, endocrinologista que acompanha Sabrina, explica que o tumor, além de produzir ACTH em excesso, estimula a produção de melanina, causando o escurecimento da pele.
Em março de 2024, a Justiça determinou que a Sesa fornecesse o medicamento. No entanto, Sabrina ainda não recebeu o lutécio. A Sesa alega que o medicamento não faz parte do rol de tratamentos do SUS e que precisa seguir trâmites legais para a compra. Um novo processo de dispensa de licitação foi aberto para agilizar a aquisição.
Fonte: G1